top of page

01

Reflorestamento ganha destaque na agenda de biodiversidade

O mês de Julho foi marcado por anúncios e estudos que reforçam a tendência de crescimento do tema da biodiversidade na agenda de sustentabilidade. O Governo Federal apresentou os detalhes da primeira concessão de floresta amazônica para reflorestamento pela iniciativa privada, financiada com a venda de créditos de carbono. Vale destacar que, para as áreas que exigem conservação, o Governo não ofereceu garantias de que a venda de créditos de carbono de desmatamento evitado será permitida, refletindo a crise de credibilidade global deste tipo de crédito.

 

Quando o tema é biodiversidade, o setor privado ainda se divide entre as empresas que jogam contra e a favor do tema. Se por um lado mais de 130 companhias globais, entre elas Suzano e Natura & Co, assinaram uma carta da Business for Nature pedindo uma aceleração dos esforços proteger e restaurar a natureza, por outro lado, o estudo do MapBiomas revelam que, de 1985 a 2022, a área utilizada para a agricultura no Brasil cresceu 95,1 milhões de hectares (Mha), na maioria dos casos, às custas da destruição da vegetação nativa. Seguir a lei já seria um grande passo. O “Relatório Temático sobre Agricultura, Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos”, elaborado pela Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES), indica que o simples cumprimento do Código Florestal evitaria, entre 2020 e 2050, a perda de 32 milhões de hectares de vegetação nativa no país. 

​Capital Reset:
Governo apresenta plano para concessão de reflorestamento
Reuters:
Grupo de trilhões de dólares pede ação do governo para impedir a perda da natureza
Um Só Planeta:
Se Novo Código Florestal fosse cumprido, Brasil teria 32 milhões de hectares de vegetação nativa a mais até 2050

02

Olhar cada vez mais atento para as práticas de greenwashing

O aumento do escrutínio da sociedade exige que as empresas reforcem a transparência e a credibilidade das informações relacionadas à sustentabilidade. Entretanto, isso ainda parece estar longe da realidade. Segundo o estudo “ESG Disclosure Yearbook Brasil 2024”, apenas 29% das empresas listadas no Novo Mercado da B3 tiveram seus dados de sustentabilidade auditados ou assegurados no último ano.  O mesmo acontece com os dados de diversidade - A maioria das empresas listadas no Ibovespa não presta informações claras à CVM sobre a diversidade das respectivas equipes. Algumas empresas chegam a afirmar que 100% dos funcionários preferem não responder qual a própria cor. Nesse cenário, surge um novo termo para designar empresas que se comprometem com uma cultura positiva, oferecem certos programas e benefícios, mas não garantem um ambiente de trabalho saudável, o carewashing.

​Folha de S. Paulo:
'Carewashing': como fugir de ciladas quando o assunto é bem-estar no trabalho
Carta Capital:
Greenwashing: 60% das cias brasileiras relatam práticas ESG, mas só 29% têm auditoria externa
Folha de S. Paulo:
Equipes sem gênero e sem cor: empresas do Ibovespa enviam dados confusos à CVM sobre ESG

03

Mercado de carbono voluntário a espera da definição do SBTi

O debate sobre o papel dos créditos de carbono no combate às mudanças climáticas continua se desenrolando. Desde o começo do ano, quando o SBTi - Science Based Targets Initiative, anunciou a revisão de suas regras. Apesar das diversas críticas, em Julho a organização confirmou que segue avaliando se aceitará ou não os créditos de carbono como parte dos planos. Se a entidade passar a aceitar os créditos em seu selo, espera-se que o mercado de créditos de carbono voluntário cresça exponencialmente, uma vez que 4000 companhias já tiveram suas metas de descarbonização aprovadas pela entidade. Esta mudança poderia reverter o cenário de queda do mercado voluntário de carbono no Brasil, que sofreu em 2023 uma queda de 89% no volume de créditos emitidos e 44% no volume de créditos aposentados, em relação ao ano de 2021.

Capital Reset:
‘Árbitros’ do net zero mandam sinais contraditórios sobre créditos de carbono
Um Só Planeta:
Mercado voluntário de carbono no Brasil recua em 2023

2 (4).png
Ativo 1_2x (1).png

04

ESG: do hype ao retrocesso

Após o hype dos últimos anos, a onda contrária ao ESG parece ganhar força, em especial nos Estados Unidos. A relevância da perspectiva ambiental, social e de governança nos negócios não diminuiu, mas o uso indiscriminado (muitas vezes nebuloso), e a reação contrária de segmentos mais conservadores da política americana, tem levado diversas empresas a abandonar a sigla ESG ou a adotar uma postura menos ativista.  A premiação da revista Institutional Investor, por exemplo, trocou o nome da categoria ESG por Sustentabilidade, um sinônimo que muitos bancos e gestores de recursos têm utilizado no lugar. Já a Microsoft, seguindo o movimento de outras empresas de tecnologia, anunciou a demissão da equipe que atuava para garantir diversidade, equidade e inclusão dentro da companhia, justificando que a política “não é mais crítica para os negócios”.

​Capital Reset:
Como a onda anti-woke interfere nas políticas de diversidade
Investiment News:
Wall Street está eliminando ESG dos cargos

Para refletir:

WhatsApp Image 2024-06-17 at 14.55.52.jpeg

Estão abertas as

Pré-inscrições para participar do TEDxAmazônia

O TEDxAmazônia é um evento que busca inspirar e conectar pessoas através de ideias poderosas, e tem como um de seus pilares a diversidade. 

 

Por isso, a seleção de participantes da plateia é um processo meticuloso, que visa garantir a expressão de diferentes vozes e perspectivas, a visibilidade de grupos sub-representados e a representação da complexidade da Amazônia e suas comunidades. 

De 15 a 25 de agosto você pode se cadastrar para participar (plateia) do TEDxAmazônia. São 80 vagas disponíveis, oferecidas a partir de uma curadoria realizada pela equipe do evento, apoiado institucionalmente pela Profile.


Você pode saber mais sobre esse processo e se inscrever em www.tedxamazonia.com

Captura de tela 2024-08-14 152416.png

Perspectiva global sobre sustentabilidade: um estudo do consumidor 2024-2025

A Mintel, empresa fornecedora global de pesquisa de mercado, divulgou seu novo estudo “Global Outlook on Sustainability”, que visa fornecer insights e inspiração sobre a melhor

forma de posicionar e priorizar produtos e serviços frente às novas perspectivas de sustentabilidade. 

 

A pesquisa abrange 10 mil entrevistados de 10 economias líderes, buscando rastrear dados sobre as tendências dos consumidores para o ano de 2024 e 2025. Saiba mais sobre a pesquisa aqui.

bottom of page