01
Novo padrão global para divulgações de sustentabilidade
Em junho, foram anunciadas as primeiras normas do International Sustainability Standard Board (ISSB), novo padrão global para as divulgações de sustentabilidade.
O padrão não surge como obrigatório, mas deve servir de parâmetro para a definição de regras pelos reguladores locais, incluindo a CVM e o Banco Central, no caso do Brasil. As normas divulgadas dizem respeito ao detalhamento da gestão dos temas materiais e também a informações diretamente relacionadas ao clima e servirão de parâmetro para as publicações a partir do próximo ano.
Veja em:
Folha de São Paulo: Contadores brasileiros têm até o final do ano para se tornarem especialistas em sustentabilidade
02
O custo do carbono
Nos próximos meses a União Europeia deve iniciar a introdução de um mecanismo de taxação de carbono na fronteira (CBAM) para tributar mercadorias com base nas emissões de gases de efeito estufa, o que pode comprometer a competitividade de certas exportações brasileiras, em especial o aço e o cimento.
Como o objetivo do CBAM (Carbon Border Adjustment Mechanism) é equalizar a competição entre bens domésticos e importados, haverá isenção para os produtos que já pagam pelo carbono em seu país de origem. Possuir um mercado de carbono, portanto, colocaria o Brasil em posição vantajosa, elevando ainda mais a pressão pela regulação de um sistema nacional de comércio de emissões.
Veja em:
03
Quanto custa a igualdade?
A lacuna de remuneração existente entre homens e mulheres deve pesar no bolso da maioria das empresas. As companhias deverão se adequar à nova lei de igualdade.
Relatório divulgado pelo banco Santander identificou a diferença salarial de gênero existente nas empresas listadas na bolsa e calculou o impacto sobre a folha de pagamentos para se adequar à nova lei de igualdade salarial. Na média, equilibrar as remunerações deve custar 2,3% adicionais na folha de pagamento, podendo chegar a quase 10% para algumas empresas. Atualmente, as mulheres das empresas analisadas são 7,6% pior remuneradas que os homens para os mesmos cargos. Apesar da relevância da regulação, ainda não está claro como será feita a fiscalização sobre as empresas que aplicam ou não a lei. Empresas com 100 ou mais empregados terão de fornecer informações que comprovem o cumprimento da nova norma, podendo ser multadas em caso de descumprimento.
Veja em:
Valor Globo: PL da equiparação salarial não tem fiscalização clara e pode gerar distorções, afirma FGV Ibre
Para Refletir:
A Máquina do Caos
O livro de não ficção ‘A Máquina do Caos’, de Max Fisher, aborda como as redes sociais reprogramaram nossa mente e nosso mundo. Na obra, Max Fisher, repórter do jornal The New York Times, foi a fundo em uma reportagem investigativa para mostrar a influência das redes na sociedade, na política, na cultura e na saúde de bilhões de usuários. O autor entrevistou pesquisadores e responsáveis por desenvolver os algoritmos, além de usuários das redes.
Novo estudo sobre a Amazônia
A Nova Economia da Amazônia é um estudo desenvolvido pelo WRI Brasil em parceria com 76 especialistas de instituições científicas de diversas regiões do país. O trabalho mostra que manter a floresta de pé não é uma ameaça para o desenvolvimento, muito pelo contrário, é uma oportunidade
de crescimento qualificado e inclusivo para
a região. Acesse a publicação
Sumaúma: reportagem “‘Caubóis do carbono’ loteiam a Amazônia”
Neste mês, Faz Sentido indica o Sumaúma, veículo focado em contar histórias e fazer jornalismo a partir da perspectiva da floresta. Neste mês, a plataforma publicou a reportagem “‘Caubóis do carbono’ loteiam a Amazônia”. A matéria investiga empresas que buscam gerar créditos de carbono em projetos que são suspeitas de abusos em contratos com povos indígenas e populações tradicionais. Há muito para evoluir nesta frente no Brasil. Veja mais aqui.
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