top of page

Maio de 2024

  • Foto do escritor: Agência ProfilePR
    Agência ProfilePR
  • 24 de jun.
  • 5 min de leitura

01

SBTi em crise: flexibilização de regras sobre compensações de carbono gera revolta


A Science Based Targets initiative (SBTi), padrão de excelência amplamente reconhecido em responsabilidade de emissões devido aos seus critérios rigorosos para planos de emissões líquidas zero, está em meio a uma crise após flexibilizar suas regras sobre o uso de compensações de carbono para alcançar metas net zero. 


A decisão, criticada por especialistas e membros da própria equipe da SBTi, gerou renúncias e colocou em xeque a credibilidade da iniciativa. Defensores das compensações argumentam que elas direcionam investimentos para projetos sustentáveis, enquanto críticos alertam para a dificuldade em verificar o impacto real e a possibilidade de empresas evitarem mudanças necessárias. 


Depois da polêmica, a iniciativa Science Based Targets (SBTi) voltou atrás e afirmou que não houve mudança de posição quanto ao uso de créditos de carbono nos planos net zero das empresas. A crise da SBTi expõe as complexas questões que envolvem a neutralização de carbono e a necessidade de um debate transparente e rigoroso sobre o papel das compensações nesse processo. 


Veja em:




02

Até onde vai a responsabilidade pela cadeia de suprimentos? 


Aprovada em abril pelo Parlamento Europeu, a Diretiva de Devida Diligência em Sustentabilidade Corporativa (CS3D), passa a exigir que grandes empresas da UE e empresas estrangeiras que operam na UE identifiquem, previnam e mitiguem impactos negativos em direitos humanos e meio ambiente em suas operações e cadeias de valor.  A Diretiva, que inclui penalidade para as empresas que não cumprirem as normas é uma resposta aos casos de violação de direitos humanos na cadeia de suprimentos de grandes empresas. 


Em um exemplo recente, grandes marcas do setor têxtil, como Zara e H&M foram denunciadas por se beneficiar de algodão produzido em áreas desmatadas e com violações de direitos humanos no Brasil. Outro setor atento as pressões por rastreabilidade é a pecuária. Induzidas pela Lei Antidesmatamento da União Europeia,  os principais frigoríficos brasileiros aderiram ao Protocolo Voluntário de Fornecedores de Gado do Cerrado,  iniciativa coordenada por organizações como Proforest, Imaflora e NWF, que visa padronizar as práticas e exigências de conformidade ambiental para os fornecedores de carne da região.



Veja em:






03

Suspensões e adiamentos demonstram os desafios na implementação de medidas regulatórias


A Securities and Exchange Commission (SEC), suspendeu temporariamente a implementação das novas regras de divulgação climática aprovadas em março. A decisão se deve às contestações judiciais contra as medidas, que exigem que empresas de capital aberto reportem suas emissões de gases de efeito estufa e os riscos climáticos relacionados aos seus negócios. 


A regra, que entraria em vigor em 2026, foi suavizada em relação à proposta inicial, excluindo a obrigatoriedade de contabilizar as emissões da cadeia de valor (escopo 3). O mesmo movimento também aconteceu na União Europeia, mas desta vez em relação a implementação das Normas Europeias de Relatórios de Sustentabilidade (ESRS), que foi atrasada em dois anos, de 2024 para 2026. Importante lembrar que, no Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estabeleceu que a partir de 2026, empresas de capital aberto terão que divulgar obrigatoriamente informações sobre riscos climáticos e práticas ESG em suas demonstrações financeiras. Especialistas alertam que a mudança precisa ser trabalhada desde já, uma vez que demandará organização e planejamento para que as empresas estejam em conformidade com as novas regras até 2026.


Veja em:




04

Tratado sobre plástico: enquanto falta coordenação, sobra exposição para as marcas.


Após a quarta rodada de negociações na ONU, realizada no Canadá, os países avançaram de forma tímida na busca por um tratado global para combater a poluição por plástico.


 A meta final, similar ao Acordo de Paris para o clima, seria reduzir significativamente a produção de plástico e seus impactos negativos no meio ambiente e na saúde humana. Embora ainda não haja um acordo definitivo, os representantes dos 174 países participantes concordaram em continuar as negociações em eventos menores até a reunião final, marcada para novembro na Coreia do Sul. O destaque da rodada foi a proposta do Ruanda e Peru, apoiada por mais de 50 nações, de reduzir a produção global de plástico primário em 40% até 2040, em relação a 2025. Vale destacar que a intenção de limitar a produção global de plástico ainda é uma realidade distante, uma vez que a expansão projetada da indústria petroquímica pode minar os esforços para reduzir o uso de plástico. 

Enquanto falta coordenação, sobra exposição para as marcas. Um estudo publicado na revista Science Advances revelou que apenas cinco empresas – Coca-Cola, PepsiCo, Nestlé, Danone e Altria – são responsáveis por 24% da poluição plástica rastreável no mundo.


Veja em:



Para Refletir:


  1. Água até aqui



E se a água subisse até aqui? 


A emergência climática que atinge o Rio Grande do Sul trouxe ao Brasil desafios sociais, ambientais e urbanos e impõe uma nova realidade. Uma nova era de mudanças, emergências climáticas e adaptação já se faz presente para a população do planeta. 


Pensando nisso, um grupo de profissionais de comunicação se reuniu em um coletivo independente chamado Água Até Aqui. O coletivo de comunicação está trabalhando para chamar a atenção para a emergência climática que afeta principalmente neste momento o Rio Grande do Sul. Por meio de intervenções visuais em São Paulo, utilizando adesivos posicionados a 3 metros de altura, chamam a atençao para onde as aguas estão chegando.


O objetivo desta ação independente é fazer com que as pessoas compreendam a gravidade da situação e o impacto desta crise climática, não apenas a nível global, mas também em suas vidas diárias. A segunda parte de sua missão é motivar ações diante da crise climática. O coletivo espera inspirar o público a agir, seja através de mudanças em seu próprio comportamento ou exigindo mudanças em políticas ambientais e sociais.


A conscientização é o primeiro passo para a mudança. Qualquer pessoa pode contribuir para esta mobilização. Para participar da campanha e doar a organizações que apoiam as vítimas das chuvas no estado, clique aqui




02. The Shitthropocene - um documentário realizado pela Patagonia


Neste documentário instigante intitulado 'The Shitthropocene', a renomada empresa de vestuário Patagonia investiga a questão do exorbitante desperdício de roupas resultante dos hábitos de consumo. A produção de 45 minutos é ao mesmo tempo humorística e comovente, além de oferecer um exame crítico de como a indústria da moda foi inundada com itens descartáveis ​​ao longo do tempo, representando uma ameaça significativa ao meio ambiente e à humanidade em geral. 


O termo 'shitthropocene' é um jogo de palavras que refere-se à atual era geológica da humanidade conhecida como Antropoceno. Através da sátira e de insights sinceros, o documentário destaca as consequências alarmantes do consumismo desenfreado e da busca incansável por bens desnecessários, alertando para as terríveis consequências que isso pode ter no planeta. Saiba mais sobre aqui!


 
 
 

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page